domingo, 5 de dezembro de 2010

Metáforas futebolísticas


I Coríntios 10.12 - Aquele que esta de pé, cuide para que não caia!

Duas coisas que não se deve discutir mas que são muito empolgantes e irracionais: futebol e religião. Eu, nascido e criado religioso e amante do futebol embora a religião tenha me privado do prazer de praticá-lo quando jovem, não podia desperdiçar a oportunidade de refletir sobre as duas coisas neste dia em que se concretiza o sonho de uma grande parte dos torcedores baianos.
Depois do grito de guerra da torcida do Bahia, o elevador, símbolo da campanha da torcida baiana este ano de 2010, passa a fazer parte de nossas reflexões com um significado novo. De hoje em diante a imagem do Lacerda estará associada em nossas mentes como uma advertência contra a arrogância e a soberba.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Jeito insosso


Cada dia acordo com algum pensamento fixo. Essas coisas que a gente ouve ou vê escrita em algum lugar, e que se fixa em nossa mente durante a noite. Será só coisa minha ou a gente normal também passa por isso? O fato é que hoje a letra da canção “Carne e osso” de Zélia Duncan está me perseguindo. Escreverei então sobre o tema só pra ver se ele me deixa em paz. Sai de mim!

Eis os versos:

Perfeição demais me agita os instintos
Quem se diz muito perfeito
Na certa encontrou um jeito insosso
Pra não ser de carne e osso, pra não ser carne e osso

E não é que nisso a Zélia tem razão? Nesse particular ela se parece comigo. Sempre desconfiei de quem é muito certinho, muito quetinho. O pior é que sempre tive a comprovação de que por trás dessas “Santidades” existem monstros adormecidos, ou apenas escondidos e prontos para darem o bote. Já vi muitos casos de gente muito perfeita, que vivia de “um jeito insosso” e que, de repente, se manifestou violentamente, demonstrando exatamente o contrário daquilo que aparentava ser. Podia contar algumas histórias aqui mas prefiro deixar prá lá. Pronto, falei!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Interrogações


O que é prioridade para mim? Há diferentes formas de responder a esta pergunta. Coisas importantíssimas deixam de ser feitas e nem por isso o mundo acaba. Contudo temos a mania de achar que se algo não for executado na hora em que julgamos ser a hora H, está tudo errado. Que horas são? Ou em bom baianês: que hora é essa? Temos um senso de urgência talvez nunca visto pela humanidade. Deve ser característica da era da velocidade. Não precisamos estar com pressa realmente, para querermos ultrapassar o carro da frente. É bastante o fato de podermos andar mais rápido que ele. O que é poder? Faz algum tempo, estando na praia vi uma senhora “pechinchando” o queijo coalho que um rapaz oferecia. Qual a importância de alguns centavos para a distinta senhora? Pagar centenas de unidades monetárias por um jantar em um restaurante e reclamar de centavos com um pobre vendedor de praia faz diferença no patrimônio ou é apenas pela possibilidade de se impor que se “pechincha”? Por falar em praia por que não podemos aproveitar estes dias de sol lá? E já que vieram as duas notas , sol e lá, vamos prá música. Música de qualidade, música inspirada por Deus, pois toda boa dádiva vem do alto e não quero e nem preciso perguntar nada sobre isso.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Tudo passa igual a uma semana


O fim do ano vem chegando. Descobri que hoje é primeiro de dezembro. Hora de pensar no que fiz, no que deixei de fazer e no que farei no próximo ano. Aliás o momento de começar planejar é o mês de setembro. Três meses é um bom tempo para se elaborar um mini planejamento estratégico anual. Mas como quase todo mundo, deixo para a última hora, o último mês. Isso para as coisas que conseguimos planejar, pois em muitas não temos nem idéia de qual caminho seguiremos.O interessante é que sempre juramos não repetir os erros que cometemos no ano anterior, mas volta e meia nos deparamos com os mesmos comportamentos já antes criticados.
Em meu caso pessoal 2010 foi muito diferente de tudo que já vivi. Claro que sei que todos os anos são diferentes. Sim. Mas 2010 trouxe mudanças drásticas à minha vida, à minha visão do mundo, às minhas relações. Como já falei sobre os motivos antes não quero retomar o assunto aqui.
Entre os aprendizados que incorporei cito: a impossibilidade de resolvermos a maioria dos problemas que nos cercam versus a necessidade de convivermos pacificamente com os insolúveis. Alguns são insolúveis momentaneamente, outros são de caráter mais duradouro, contudo é preciso saber conviver com todos eles sem perder o sono. Afinal todos temos problemas de diversas ordens e nada é tão ruim que não possa ser piorado. Jesus ensinou a não andarmos ansiosos por coisa alguma: basta a cada dia seu mal. Nesta linha outra lição clara para mim é a percepção de que as coisas mudam, não importando o quanto pareçam eternas, tudo muda. Os bons e os maus envelhecem e morrem do mesmo jeito.

domingo, 5 de setembro de 2010

Fé sem fezes


Ter a consciência pacificada e o coração descansado, eis o objetivo da fé, da verdadeira fé. Conversei com um amigo no salão onde corto o cabelo e este me pediu algo pra ler a respeito de algumas doutrinas, então fui pesquisar em alguns sites a fim de encontrar material que satisfizesse a necessidade do irmão e então me vejo outra vez na encruzilhada dos pensamentos a respeito da religião. Tanta coisa se escreve e tanto se diz de coisas que não se conhece. Quanta tentativa de autopsiar “Aquele que nunca morre” e portanto não pode ser autopsiado.
Sofro ao pensar no quanto seria diferente se apenas pudéssemos viver a fé singela que nos põe em harmonia com Deus e com o próximo. Como é diferente o viver em fé do ser “aleijado” pelos sistemas montados por homens cuja inteligência se põe a serviço de interesses os mais diversos possíveis e que nada tem de essência do Evangelho.
Escrevo estas coisas certo de que não sou ninguém do ponto de vista religioso/eclesiástico e que não pretendo representar qualquer grupo ou qualquer linha doutrinária. Resumindo eu diria estar completamente curado das manias messiânicas que geralmente povoam as mentes formadas sob a égide dos dogmas, das regras, das doutrinas. Convém esclarecer que ninguém é totalmente isento em seus pontos de vista. Logo tenho sim diversas influências a definir as tendências que dominam o meu pensar e o meu crer, mas peço a Deus que me ajude a ser cada dia mas livre para testemunhar a sua graça agindo em mim, sua misericórdia me guardando e seu amor me atraindo. Só isso, nada mais que isso. Fácil, límpido e simples.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Não é pra menos


Em mim alguma coisa mudou esse ano. Não é pra menos, diriam alguns amantes desta expressão, significando que realmente tenho motivos para estar modificado em meu ser. Um pouco mais frio, um pouco mais sério, um pouco mais triste, um pouco mais racional, mais conformado, mais petrificado. Pronto, achei um termo, petrificado. Ainda bem que é só um pouco, mas isto é perceptível para aqueles que observam minha alma mais de perto.
Compreendi a existência de uma outra forma a partir das experiências dolorosas vividas. Não voltarei aqui a falar sobre elas, já são conhecidas, mas vale a pena refletir sobre as conseqüências em mim. Sempre fui considerado super sincero, isso se acentuou agora? O imediatismo, que as vezes me caracteriza, aumentou?. Abrirei mão mas facilmente de coisas que são importantes para os outros mas que em meu julgamento não são boas para minha alma? Brigarei mais por aquilo que julgo precioso?
Sinceramente, ainda não tenho todas as respostas. Tenho as reflexões e algumas decisões a tomar. Como me sinto? Muito mais só, há um certo desencanto, uma tristeza controlada atualmente. Uma certa desilusão, reflexão sobre os absurdos da vida e sobre a irracionalidade de minhas próprias concepções. O que é, é e pronto.

sábado, 3 de abril de 2010

Há um tempo para cada coisa


O momento crítico que estou enfrentando, com mãe hospitalizada após sofrer um AVC, mexe de tal forma comigo que nem sei se é hora de falar ou de calar. Queria escrever mas não o tenho feito por dois motivos: o primeiro é a falta da concentração necessária para escrever qualquer coisa que seja edificante tanto pra mim quanto para os que porventura leiam este blog. O segundo motivo é o cuidado que devo ter ao falar de um momento que não é só meu mas de toda a família que está extremamente tensa com a situação e por isso mesmo tem que ser poupada de qualquer coisa, principalmente comentários públicos maldosos ou mesmo bem intencionados, mas que possam trazer transtorno ao invés de conforto.
Contudo estes dias têm me trazido algumas oportunidades de aprendizado e reflexão, que nem toda a minha vida pregressa me trouxe. Vivi, vi e ouvi coisas que certamente marcarão minha alma por longos anos. Vozes, gritos e choros. Silêncios, murmúrios e risos. Tudo esses dias tem outro significado, tudo é elevado a uma potência diferente e talvez eu possa contar algumas das histórias no futuro próximo.
Por enquanto calar-me-ei na expectativa, esperança de que “o choro” que já dura mais que uma noite final mente dará lugar a alegria que vem ao amanhecer e na fé de que mesmo que passe pelo vale da sombra da morte não há o que temer. Tenho testemunhado bondade e misericórdia me seguindo e posso então compartilhar este momento com fé e paciência.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Cada um sabe onde o sapato aperta


Julgar ao outro e emitir juízo sobre atitude alheias quando tudo, ou pelo menos menos o essencial, vai bem é muito fácil. Difícil é se colocar no lugar de quem está submetido às mais diversas situações vexatórias, compungido pelas circunstâncias adversas tendo que lançar mão de recursos nem sempre convencionais. É nessas horas que sentimos o quanto somos frágeis. Quando todo o peso cai sobre os ombros de um simples ser é que passamos a pensar de forma mais flexível e deixamos a jactância que caracteriza os humanos em geral. Não quero afirmar a inexistência de absolutos, princípios e valores irrefutáveis e invioláveis. Entretanto, reafirmo a necessidade de compreensão. Pensar no significado de "chorar com os que choram" e "alegrar-se com os que se alegram". O mesmo mundo que faz o "povo inteiro cantar", não tem graça alguma para alguns, cujo mundo foi visitado por adversidades e desgostos por vezes invisíveis mesmo aos olhos mais aguçados.