domingo, 5 de setembro de 2010

Fé sem fezes


Ter a consciência pacificada e o coração descansado, eis o objetivo da fé, da verdadeira fé. Conversei com um amigo no salão onde corto o cabelo e este me pediu algo pra ler a respeito de algumas doutrinas, então fui pesquisar em alguns sites a fim de encontrar material que satisfizesse a necessidade do irmão e então me vejo outra vez na encruzilhada dos pensamentos a respeito da religião. Tanta coisa se escreve e tanto se diz de coisas que não se conhece. Quanta tentativa de autopsiar “Aquele que nunca morre” e portanto não pode ser autopsiado.
Sofro ao pensar no quanto seria diferente se apenas pudéssemos viver a fé singela que nos põe em harmonia com Deus e com o próximo. Como é diferente o viver em fé do ser “aleijado” pelos sistemas montados por homens cuja inteligência se põe a serviço de interesses os mais diversos possíveis e que nada tem de essência do Evangelho.
Escrevo estas coisas certo de que não sou ninguém do ponto de vista religioso/eclesiástico e que não pretendo representar qualquer grupo ou qualquer linha doutrinária. Resumindo eu diria estar completamente curado das manias messiânicas que geralmente povoam as mentes formadas sob a égide dos dogmas, das regras, das doutrinas. Convém esclarecer que ninguém é totalmente isento em seus pontos de vista. Logo tenho sim diversas influências a definir as tendências que dominam o meu pensar e o meu crer, mas peço a Deus que me ajude a ser cada dia mas livre para testemunhar a sua graça agindo em mim, sua misericórdia me guardando e seu amor me atraindo. Só isso, nada mais que isso. Fácil, límpido e simples.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Não é pra menos


Em mim alguma coisa mudou esse ano. Não é pra menos, diriam alguns amantes desta expressão, significando que realmente tenho motivos para estar modificado em meu ser. Um pouco mais frio, um pouco mais sério, um pouco mais triste, um pouco mais racional, mais conformado, mais petrificado. Pronto, achei um termo, petrificado. Ainda bem que é só um pouco, mas isto é perceptível para aqueles que observam minha alma mais de perto.
Compreendi a existência de uma outra forma a partir das experiências dolorosas vividas. Não voltarei aqui a falar sobre elas, já são conhecidas, mas vale a pena refletir sobre as conseqüências em mim. Sempre fui considerado super sincero, isso se acentuou agora? O imediatismo, que as vezes me caracteriza, aumentou?. Abrirei mão mas facilmente de coisas que são importantes para os outros mas que em meu julgamento não são boas para minha alma? Brigarei mais por aquilo que julgo precioso?
Sinceramente, ainda não tenho todas as respostas. Tenho as reflexões e algumas decisões a tomar. Como me sinto? Muito mais só, há um certo desencanto, uma tristeza controlada atualmente. Uma certa desilusão, reflexão sobre os absurdos da vida e sobre a irracionalidade de minhas próprias concepções. O que é, é e pronto.