sábado, 20 de junho de 2009

Perdão



A compreensão plena do perdão só é possível de ser obtida por aquele que sofreu uma grande ofensa. É muito fácil desejar ser perdoado. Difícil é perdoar. Claro que perdoar é proporcional ao tamanho da mágoa sofrida. Jesus ilustrou isto ao contar a história de alguns devedores perdoados por um credor. Cada um deles tinha uma dívida diferente, mas aquele credor perdoou a todos. Em seguida Jesus pergunta qual daqueles era mais amado pelo credor e recebeu a resposta de que mais amava ao que mais perdoou.
A outra proporção observada nesta equação diz respeito ao tamanho da ofensa em comparação ao tamanho da expectativa. Quanto mais confiamos e amamos alguém, maior o tamanho da decepção que sofremos quando traídos e maior a mágoa. Consequentemente quanto mais amamos maior é o perdão. Quando somos indiferentes é tudo tanto faz. Quando muito estimamos mais duro é o golpe que recebemos.
Pois então, aí está o belo e o mais difícil de compreender e aceitar no Evangelho pois sendo Deus todo justo, bom, santo e outros atributos de perfeição que a ele se possa atribuir, simplesmente perdoa a humanidade pecadora. É demais para a cabeça do indivíduo que se ofende e encoleriza quando sua expectativa não é correspondida. Quando não consigo perdoar qualquer coisa feita contra mim, fecho-me para a possibilidade de aceitar o perdão de Deus, pois sei que não mereço. É por isso que, na oração do Pai Nosso, Jesus inclui : “perdoa as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores”.
Bem aventurados os que aprenderam a perdoar pois eles serão perdoados.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Infância tardia


Há uma fase da vida mais bela que a infância? Depende. É a resposta mais correta para uma série de perguntas e bem aplicada a esta. A infância é bela sim e mais que isso, é importante que seja bem vivida.

Brincar, perguntar, errar, chorar, correr ao invés de andar. São tantas coisas que se pode fazer enquanto criança e que ficam absolutamente fora de propósito quando da pessoa se exige uma atitude adulta. Assim é não apenas bom que se faça tudo que se aplica a esta fase quando nela se está, como é imperativo que assim seja, pois do contrário as manifestações belas e apropriados da infância ganham o feio nome de infantilidades. Infantilidade é a denominação dada às atitudes de um adulto que não são próprias de sua idade.

Adultos são seres que tendo já vivido a sua infância e adolescência perderam o direito a certos comportamentos, em especial aqueles considerados improdutivos e/ou inadequados. A convenção social estabelece e todos conhecem aquilo que se pode admitir e se espera do adulto. Ai daquele ser que não segue as normas estabelecidas.